Podemos comparar a nossa vida como escalar uma montanha. Atingir o cume é atingir um objetivo. Depois irão aparecer outras montanhas com cumes bem mais altos, mas com a experiência de já termos escalados pequenos cumes, vamos subindo.
Tem pessoas que tem medo de iniciar a escalada e ficam sempre na base da montanha chorando e reclamando achando que nunca irão conseguir.
Várias pessoas até pensaram em escalar, mas desistiram para ajudar a escalada de alguma pessoa, o que não é ruim, mas um dia se arrependem de não ter feito a própria escalada.
Outros ficam dias e dias se preparando, fazendo cursos, projetos, tem belas idéias, mas nunca iniciam a escalada.
Outros iniciam, mas diante das dificuldades desistem.
Alguns mais afoitos, se aventuram a subir de qualquer jeito para chegar logo no cume, mas sem a preparação devida encontram dificuldades, param no meio do caminho, voltam e criticam os que já chegaram bem como o que iriam encontrar no cume.
Muitos procuram um atalho ou um caminho mais fácil na esperança de encurtar a escalada. Até conseguem pequenos avanços, mais cedo ou tarde, despencam e precisam voltar ao caminho inicial.
Por fim tem aqueles que imaginam o cume, desejam chegar no cume, desenham a montanha num papel, analisam todas as possibilidades, se preparam e aprendem como quem já chegou no cume e iniciam sua escalada passo a passo.
PEDRAS. Quantas pedras iremos encontrar pelo caminho?
Isso serve para construir um casamento feliz, uma família harmonizada e unida, uma carreira profissional, uma vida espiritual, um país melhor e tantas outras coisas. Temos belos exemplos de escaladas em todas as áreas. Precisamos ter a humildade de aprender com quem já fez o caminho e escutar seus conselhos. É fácil assim? Claro que não. Cada um tem que fazer seu próprio caminho, mas tem que fazer. O nosso ego, a nossa vaidade, os nossos medos e a nossa acomodação nunca deixam.
Vejam esse belo exemplo. A nossa poetisa Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889 e iniciou sua escalada aos 14 anos escrevendo alguns poemas e publicando em alguns jornais e semanários. Estudou apenas as séries iniciais, mesmo assim acreditava no seu talento e seguia escrevendo. Seu pai e seu marido não gostavam muito da idéia de uma mulher estar escrevendo coisas sobre o amor e a vida. Imaginem uma mulher fazendo isso naquela época? Mesmo assim ela seguiu escrevendo. Trabalhou em várias áreas, vendeu livros, fazias lingüiça caseira para vender, vendeu banha de porco, foi doceira, mas nunca desistiu da idéias de escrever. Nasci para escrever dizia ela. Publicou seu primeiro livro aos 75 anos. Seus poemas correram o Brasil e o mundo. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com vários prêmios pela União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica. Uma de suas lindas frases diz: EU SOU AQUELA MULHER QUE FEZ A ESCALADA DA MONTANHA DAVIDA, RETIRANDO PEDRAS E PLANTANDO FLORES.
A Vida é assim, não importa o tamanho das pedras que você encontra, o que importa é o tamanho da sua fé e da sua vontade de seguir em frente.
A escalada da vida
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Tem pessoas que tem medo de iniciar a escalada e ficam sempre na base da montanha chorando e reclamando achando que nunca irão conseguir
